Os olhos da pequena garota acompanhavam seu sutil e cativante movimento. Parecia uma apresentação de ballet, onde as bailarinas esbanjavam serenidade e encanto. De um lado para o outro, de cima pra baixo e rodando em espirais.
O sorriso lhe escapava dos lábios, estava envolvida e hipnotizada por tamanha beleza e graça. Sua inocente mente ludibriava seus olhos e acreditava que observava coloridas borboletas. Mas borboletas não deixam rastros após sua passagem e aquelas criaturas despejavam um pó cintilante que deixava um trilho brilhante no ar.
Iluminavam o ar e distraiam a jovem garota, que estendeu a mão na tentativa de que uma dessas criaturas lhe tocasse o dedo. As asas batiam tão rápido que pareciam estar paradas. Movendo-se sutilmente, sem perder a graça, a pequena criatura pousou na palma da mão da menina. Seus delicados e diminutos pés tentavam se equilibrar enquanto a menina evitava sacudir a mão em função da cócega que o toque da purpurina lhe causava. A garota via cores, ouvia o som das asas batendo, mas não era capaz de compreender que aquele ser dispunha de um corpo semelhante ao de um humano se não fosse pelas asas e sua minúscula estatura. Ela não compreendia.
Um suave balançar da mão causou espanto na criatura, que se preparou para alçar vôo. Mas na tentativa vã de manter aquela luminosa criatura em sua mão, a garota fechou seus dedos, acertando em cheio aquele frágil corpo. No mesmo instante a criatura desfaleceu; a luz se apagou, o som de suas asas se calou e o pequeno corpo ficou estendido na mão da garota, que não soube o que fazer. Olhou ao seu redor, e viu que inúmeras outras criaturas como aquela dançavam no ar, porém, sem exibir aquela alegria e magia de antes.
O movimento das demais passou a ser mais rápido, mais ameaçador, assustando a menina. A alegria se fora e a menina compreendeu que aqueles seres não eram mais engraçados e agradáveis de ver. Em um movimento sincronizado e extremamente rápido, duas criaturas, uma ligeiramente azulada e outra de cor lilás predominante, voaram em direção ao rosto da menina, desviando do contato na última fração de segundo. Ao fazer tal movimento, o pó brilhante que desprendia de seus pequenos corpos entrou nos olhos da menina, que ficou cega. Coçava, gritava, piscava, mas de nada adiantava. Estava cega!
Na tentativa vã de fugir, outras criaturas atravessaram o caminho da menina, que tropeçou e foi ao chão. Sentiu diversas pontadas ao longo do corpo, mas não podia ver aqueles seres empunhando longas espadas, que para a criança era como inúmeros alfinetes. Seu corpo era perfurado incessantemente. Atingiram sua garganta, seus braços e pernas. Furaram seus tímpanos e não tardou para deixar de ouvir os próprios gritos. As picadas continuaram e depois de mais alguns minutos a garota deixou de existir. Morreu sem saber que as fadas podem ser mortais.
O sorriso lhe escapava dos lábios, estava envolvida e hipnotizada por tamanha beleza e graça. Sua inocente mente ludibriava seus olhos e acreditava que observava coloridas borboletas. Mas borboletas não deixam rastros após sua passagem e aquelas criaturas despejavam um pó cintilante que deixava um trilho brilhante no ar.
Iluminavam o ar e distraiam a jovem garota, que estendeu a mão na tentativa de que uma dessas criaturas lhe tocasse o dedo. As asas batiam tão rápido que pareciam estar paradas. Movendo-se sutilmente, sem perder a graça, a pequena criatura pousou na palma da mão da menina. Seus delicados e diminutos pés tentavam se equilibrar enquanto a menina evitava sacudir a mão em função da cócega que o toque da purpurina lhe causava. A garota via cores, ouvia o som das asas batendo, mas não era capaz de compreender que aquele ser dispunha de um corpo semelhante ao de um humano se não fosse pelas asas e sua minúscula estatura. Ela não compreendia.
Um suave balançar da mão causou espanto na criatura, que se preparou para alçar vôo. Mas na tentativa vã de manter aquela luminosa criatura em sua mão, a garota fechou seus dedos, acertando em cheio aquele frágil corpo. No mesmo instante a criatura desfaleceu; a luz se apagou, o som de suas asas se calou e o pequeno corpo ficou estendido na mão da garota, que não soube o que fazer. Olhou ao seu redor, e viu que inúmeras outras criaturas como aquela dançavam no ar, porém, sem exibir aquela alegria e magia de antes.
O movimento das demais passou a ser mais rápido, mais ameaçador, assustando a menina. A alegria se fora e a menina compreendeu que aqueles seres não eram mais engraçados e agradáveis de ver. Em um movimento sincronizado e extremamente rápido, duas criaturas, uma ligeiramente azulada e outra de cor lilás predominante, voaram em direção ao rosto da menina, desviando do contato na última fração de segundo. Ao fazer tal movimento, o pó brilhante que desprendia de seus pequenos corpos entrou nos olhos da menina, que ficou cega. Coçava, gritava, piscava, mas de nada adiantava. Estava cega!
Na tentativa vã de fugir, outras criaturas atravessaram o caminho da menina, que tropeçou e foi ao chão. Sentiu diversas pontadas ao longo do corpo, mas não podia ver aqueles seres empunhando longas espadas, que para a criança era como inúmeros alfinetes. Seu corpo era perfurado incessantemente. Atingiram sua garganta, seus braços e pernas. Furaram seus tímpanos e não tardou para deixar de ouvir os próprios gritos. As picadas continuaram e depois de mais alguns minutos a garota deixou de existir. Morreu sem saber que as fadas podem ser mortais.
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