sexta-feira, novembro 06, 2009

Débora Andrade


Costumo ser o que desejo. É assim quando se escreve. Tomamos posse de todas as nossas identidades
Na maioria das vezes, sou eu mesma, mesmo sem saber ao certo quem sou.

Tenho o costume de me dar asas, porém, sempre invento armadilhas que caio com facilidade.
Cair sempre me ensina a rir de mim mesma com gosto. Sim, sou cruel, às vezes.
Me maltrato e me curo.

Tenho mania de autosuficiência, mesmo flertando sempre com a carência e o desejo de me entregar à qualquer colo.

Um dia eu já pensei saber bem da vida. Hoje? Hoje sei que a vida sabe bem de mim.

Claro que isto não me basta. Vivo a questionar motivos e razões para tudo.

Mas... (gosto muito das reticências)

Intensidade: esta, talvez, é a palavra que me descreve bem.