quinta-feira, setembro 01, 2011

Eternidade


Alcançar o amor é fácil, o difícil é mantê-lo. O comodismo e a preguiça deixam-no morrer de fome, e depois se arrependem numa morbidez pessimista. Tem gente que acredita na eternidade sem o tempo.


Tique taque,
Passam-se as horas
Bem na nossa frente
Mas a gente não vê.

Oras,
O que é um grão de areia na praia?
Uma gota d´água pra chuva?
Uma centelha da chama?
Ou um “eu te amo” na cama?

Um segundo não é nada,
Se uma hora for marcada,
Mas é primeiro!
Senão a hora não se faz por inteiro.

Um giro pro cata-vento?
Pro sonhador, uma miragem?
E para a janela do trem,
O que é uma paisagem?

Assim é a eternidade sem o tempo.
O cata-vento sem rodar.
O trem sem viajar,
E a chama sem brilhar.
Assim é a eternidade,
Uma sequência de fotos que formam o filme,
Que dão movimento.
De versos que dão a rima, o ritmo,
E o sentimento.
De carinhos que compõem o amor
De gestos que constroem amizades
Trocados fazem a cumplicidade.

E mútuos,
Alimentam-se,
Para sempre.
Pois a eternidade não é uma,
Senão várias!

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