A tua verdade se foi.
Te fiz altar, te circundei de flores e pintei minhas cores nas tuas tardes pálidas.
Anunciei tua mansidão, abracei o teu carinho e transpirei teu amor.
Te criei e recriei.
Te fiz santo, profano, encanto e canto.
Te vesti de conto de fadas.
Esbocei sorrisos de telas na tua face.
Bordei no teu dia o brilho do Sol
E pintei na tua noite os mistérios da Lua.
Rola lágrima em pranto.
Te ver partir é meu desencanto.
Tua sombra aqui é sem cor, sem brilho e nem mistérios.
É o que sobrou das verdades que criei.
No chão da minha alma,
Apenas a cópia fria e sem graça do teu retrato.
A tua verdade se foi.
E dói.
Dói saber que quem amei,
Não passava de uma mentira minha.
sexta-feira, setembro 03, 2010
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