De que cor são as almas?
Vermelhas como o sangue ou a paixão...
Ou brancas como nuvens e versos?
Azuis... Amarelas ou cor de terra?
São transparentes como os sentimentos de um poeta apaixonado?
Ou foscas e sombrias como a decepção dos poetas abandonados?
Que sabor tem as almas?
E o cheiro... Aroma de flores do mito fantasmagórico...
Ou o suor de corpos em pecado, se é que esse pecado existe...
Cheiro de morangos ou o odor repugnante de uma cova aberta?
Que toque tem a alma?
Suave com as mãos daquela que me ama?
Ou áspera como a mágoa de quem não me quer mais?
Seus dedos são compridos e finos como a morte...
Ou pequenos e delicados como a vontade de viver?
Que som vem das almas?
Lamentos e sussurros mórbidos... Melancólicos...
Ou a música que você mais gosta de ouvir?
A voz é rouca, feito a de alguém que se despede dos amores...
Ou deliciosamente mansa como a de uma adolescente enamorada?
De que vinho bebe a alma?
Quais as tosses que a afligem numa noite de ventos frios?
Por quais amores sofre? Por quem chora?
O que dança?
Quem a perturba ou a deixa serena?
De que se alimenta em dias como hoje?
Em que alma o poeta se inspira?
Que alma o acaricia enquanto escreve suas brincadeiras em papel?
De quem são as lágrimas que agora escorrem em minhas mãos?
E de quem é o sorriso que finaliza minha estrofe?
Parto...
quarta-feira, março 24, 2010
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Simplesmente fantástico, os poetas e as almas, mas sem saber defini-las escrevemos mesmo assim sobre elas, são minhas maiores inpirações...
ResponderExcluirLindo desenlance.
Beijosss