sexta-feira, janeiro 15, 2010

Do que sobra

Música, imagens e palavras.
Meu mundo parece pintura de amador.
Traços imperfeitos contornando minha liberdade de sentir,
de viver, de amar.
Do ponto, me sobram as reticências.

É esta minha maneira de viver o improvável,
O incerto, o que transgride e;
Amar o instante que me soma aos dias.
E me sobra a falta de tempo,
Às vezes, a falta de tato.

Tela bem colorida, borrada pelos sustos e repentes destes
sonhos que cismam pesadelos com toque de negro humor.
No fim, me sobram os risos de tudo.

Céu e Lua dividem o meu dia.
Na mesma tela, na mesma música e na mesma poesia.
Do óbvio e constante, me sobram os encontros entre o a noite e o dia,
Bordando as faces dos escândalos entre os sonhos e fantasias.

E, embora eu não entenda nada de nada,
Nem de tinta ou melodia,
Sei que corre arte nas veias,
Faltando sempre uma dose de agonia.
E, de tudo que me sobra, vou fazendo poesia.

2 comentários:

  1. "E, de tudo que me sobra, vou fazendo poesia."

    E de muita qualidade, diga-se de passagem.

    Beijos!

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  2. ainda bem que sobra a poesia... já é suficiente.

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