sábado, janeiro 09, 2010

Sobre o Sujo e o Mal Lavado

Inventaria uma condição
Em que eu pudesse
Limpar tua sujeira
Esvaziar os copos

Vasculhando teus escombros
Feito uma serviçal
Recuperando este nojo
Que vibra e lateja

Trocando tua roupa
Lavando a última ruga
Claustrófobica em bolos azedos
Em vícios asmáticos

Andando nos limites
Desta poesia barata
E tu me ofereces
Os arames e farpas

E diz-me dos teoremas
De uma serviçal ingrata
Existe uma corrupção
Em cada órgão do teu corpo

Das janelas do teu quarto
Abafado e viscoso
Respirei no trânsito das paredes
E nem nossa sede construiu.

3 comentários:

  1. Antes sujo do que mal lavado.
    Soa menos artificial e mais visceral.
    Palavras de Nat...rs
    Adorei!

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  2. Sentimos sua falta, poxa!
    Voltou com estilo... mto bom!

    bjão,
    £!

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  3. Mesmo que não etsivesse assinado, saberia que este é teu! Cada dia melhor! Cada dia provocando mais as "borbulhinhas" de dentro da gente!!

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