quinta-feira, fevereiro 04, 2010

De quando você pisou no acelerador

Não me pergunte onde era!

Mas você morava naquele lugar estranho. Uma casa cheia de portas e escadas para cima e para baixo. E a porta de entrada dava direto para a rua. E a rua era de paralelepípedos. Para se chegar ao seu quarto tinha de se passar por diversos corredores, subidas e descidas. O piso era de madeira antiga e as paredes de pintura descascando.

Naquele dia você entrou apressado e eu te segui. Percorremos a casa até o seu quarto. Você entrou e pediu que escondesse a porta com uma estante de livros. Enquanto você fazia não sei o que dentro do quarto, me ocupei de puxar a estante para tapar a porta.

* * *


Você saiu apressado. Eu corria atrás. Você dizia que não tínhamos tempo, que era pra eu ir rápido. Abriu a porta da rua e lá fora conversando estavam três pessoas estranhas que moravam com você. Um de azul, outro de branco, e o outro de branco e dourado. Passamos por eles como se não existissem.

O jipe antigo nos aguardava. No banco de trás estavam meu tio, meu primo e minha avó. Entramos e sentamos, e você já acelerou.

A chuva estava forte e você acelerava mais e mais. E eu pedia pra ir mais devagar. Por nada você tirava o pé do acelerador.

Acidentes aconteciam pelo caminho, e você desviava. Era motos, carros e caminhões. A rodovia estava pelo avesso. Então houve um momento que me abaixei, fechei os olhos e senti que o carro girava na pista. Iria capotar. Gritei para todos se segurarem.


* * *


Quando acordei você estava tratando de meus ferimentos. Na própria estrada, mas não chovia mais. Estavam de pé você, meu tio e meu primo e queriam seguir em frente, para onde várias pessoas seguiam, em meio a carros tombados e amassados, era para onde a estrada levava. Eu perguntei de minha avó. Disseram-me que estava para trás e eu fui procurá-la. Fiquei com medo que a tivesse perdido, mas ela estava lá. Dentro de um aquário com outros peixinhos dourados, era ela nadando viva!

5 comentários:

  1. Hahahah!!! Que catástrofe meo!!!

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  2. HEHEE! Demais, Paulo!

    Realmente surpreendente!!!
    Gosto desse tipo de texto! hehe! A minha cara!

    Abraços!
    £!

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  3. Nossa perfeito! É como se voce mesmo se dirigisse pelo inferno de drogas causado pela chuva de extase em um dia caotico de congestionamento cerebral. As pessoas e acidentes nada mais seriam que os neoronios dando seus ultimos "curtos elétricos" antes de se apagarem totalmente... e sua vó no aquario, bom... isso já era loucura antiga...

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  4. kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk!!!!!!!!!!!!!!

    Parece até texto do Léo!!! hahahhahah

    Adoreiiiiiiii

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