Iras insanas, de curvas destruídas
Invadem minhas ruas em porres de promessas quebradas
Palavras que reverberam, sons perdidos em vozes distantes
Tua verdade agora é outra e os braços que te abraçam, idem
Melados os corpos com mentiras incertas
Tuas estradas não nos levaram a lugar algum
Minha estrada não me leva a lugar nenhum
Antes as cores me eram prometidas, promessa vagas
Bocas que vomitaram viagens
Relances de um desfile de senãos
E as vias se entopem de pessoas sem rosto
E os braços abraçam a carne sem sentido
Velhas caixas são abertas e remexidas
Novos potes acabam se quebrando
O passado se torna perdoável, mas ainda distante
O futuro é uma farsa inútil e descompromissada
A carne é vã e os sorrisos são consequência
Os beijos intercedem junto ao negro da noite
Meu sangue é torrente de decepções
Venham todas as mágoas do passado e do presente
Misturem-se aos meus sorrisos atualmente fáceis
Afinal, a vida é isso...
Sem compromisso de luas e sóis
Sem mares e montanhas, sem rosas vermelhas, nem espinhos
Iras insanas
Sigo minhas vinhas de doce sabor
Bebo meu corpo e vejo minhas escritas
Não preciso mais de ninguém
Sou letras e palavras, contos e poesias
Sou mártir e vilão de minhas próprias ruas
Pesco em minhas águas
Sobrevivo em minha doença de suspense
Sou pó e pedra, risco e improviso
Sou eu
quarta-feira, abril 07, 2010
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P#@! que pariuuuuuuuuuuuuuuuuuuuu!!
ResponderExcluirF#@!!!!!!!!
Perfeito!!!
Risco e improviso!! Eu... eus...
Matou a pau!! Já reli 3 vezes.
Débora Andrade