Brota em meus pés o chão.
Se sigo em frente, avante estrada.
Brotam em meus olhos lágrimas.
Pelo retrovisor despeço de minhas pegadas.
Dia e noite entre curvas e linhas.
E ainda, a folha em branco.
Angústia, desespero, tristeza?
- Não. Não tenho tema.
Não tenho pena.
Nem asas.
Eu sei voar.
Brotam em meu chão, lágrimas.
Se paro e penso, final. Chegada.
Brota nos meus olhos o fim.
Nasce e recordo minha estrada.
Pelo retrovisor não vejo mais nada.
Brotaram em mim, asas.
Débora Andrade
sexta-feira, abril 30, 2010
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Já lhe disse antes, mas repito aqui. Ah, essas estradas... Sempre inspiradoras.
ResponderExcluirOlá, Débora!
ResponderExcluirParabéns pelo belo poema... lindamente escrito e com todo sentimento do coração.
Parabéns mesmo!
Beijos
Patrícia Lara