sexta-feira, fevereiro 05, 2010

Alma Rasgada

Alma Rasgada


Rasgue a alma.
Feche os olhos.
Me dê as mãos.
Chegue mais perto.
Sinta o calor.
Sinta este respirar sem pudor.
Abra o peito e mostre-me a dor.

Rasgue a alma.
Pulse o peito.
Respire meu jeito.
Queima minha pele.
No susto, me revele.
Me dê medo.

Rasgue a alma,
A minha roupa.
Me deixa louca.
Me morda a boca.
Toque minha alma.
Não precisa ter calma.


Rasgue...
Me retalhe no teu amanhã.
Grave pedaços de mim no teu gosto.
Explore meu corpo.
E me tenha medo.
Desassossego.
Desapego.

Rasgue a alma...
Rabisque os desejos.
Perpetue os sons no meu colo.
Mas, amanhã...

Lave o rosto.
Vista minhas letras.
Mas, me esqueça.

Já vou ter tudo de ti.
E o que há de mim,
Não cabe na alma rasgada.

5 comentários:

  1. Estou rasgado completamente depois de ler isso daqui...

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  2. E chega mais um texto seu pra me confundir e não saber qual deles é melhor.

    Um grande beijo rasgado pra vc.

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  3. Nossa! Poema com uma dose de liberdade. Coisa de mulher bem resolvida. Aém do toque sedutor que nos dá vontade de rasgar a alma!

    Parabéns!

    Lídia

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  4. Rasgando o verbo, como sempre!
    Com mto talento e beleza!!

    Demais!
    bjão, £!

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  5. Isso sim é uma ferida aberta!
    Preto no branco!
    Adorei!

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