A roupa tinha o branco e o vermelho já tão tradicionais e cansativos para aqueles dias. Nos olhos a tristeza carregada pelos outros dias do ano e não pelo falso espírito natalino que invade a alma das pessoas, transformando-as magicamente nas mais benevolentes figuras humanas da face da terra (sim, ironia é uma característica minha).
Nas costas, o peso daquele enorme saco, que a cada passo se tornava ainda mais pesado. Na outra mão a chave do carro (você não esperava por um trenó e renas saltitantes, não é?). Noel, que curiosamente carregava esse nome em sua identidade real, tinha um presente especial para entregar e já estava atrasado. Entrou no carro depois de acomodar o saco no banco de trás e partiu ao encontro de uma criança especial. Seria a última pessoa a ganhar um presente naquela noite, mas talvez aquela que daria a Noel a maior satisfação pessoal, ao ver seus olhos quando abrisse o saco.
Depois de praguejar o trânsito, que nem mesmo na noite de Natal dava folga na grande cidade, Noel pegou um atalho que servia mais pra economizar tempo do que propriamente encurtar a distância. Enfim, o bairro...
Seu coração disparou naquele momento. Uma sensação estranha, pois já estava tão acostumado a fazer seu trabalho, que não entendia o porque de tamanha excitação. Obviamente, os seguranças não deixariam um estranho passar pelos portões, ainda mais naquelas circunstâncias. Avisados pelo rádio, os moradores da mansão foram para o portão, seguidos de alguns policiais que se encontravam na residência. Ele não esperava por uma recepção tão calorosa assim, mas já que estava ali...
Noel ficou em silêncio diante das perguntas desconfiadas de todos. Notou os policiais com as mãos próximas às suas armas e os ignorou. Somente quando o pequeno garoto apareceu e caminhou até a mãe, segurando-a pelas saias, é que ele abriu um sorriso e fez menção em tirar o saco das costas (sim, era um grande saco). Nesse momento, policiais e seguranças já haviam sacado as armas.
Então Noel disse suas primeiras palavras, direcionadas ao garotinho de apenas sete anos, que olhava curioso para aquele homem, vestido como um médico, ou açougueiro, com suas roupas brancas manchadas de sangue por toda parte:
― Aqui está garotinho... Um presente de Natal especial para você. Espero que aprenda a não ser tão filho da puta quanto ele. - abriu o saco e derrubou seu conteúdo diante do portão - Divirta-se com os pedacinhos de seu papai querido.
Noel, homem comum que não morava na Lapônia, nem tinha habilitação para conduzir trenós puxados por renas, virou-se dirigindo-se ao carro e ignorando os avisos dos policiais. As costas da camisa branca ganharam tons mais vivos de vermelho.
Caído na grama diante da casa, um corpo e as cores do Natal: branco, vermelho e verde. Nas mãos do garotinho, um braço direito enfeitado com um laço dourado.
Nas costas, o peso daquele enorme saco, que a cada passo se tornava ainda mais pesado. Na outra mão a chave do carro (você não esperava por um trenó e renas saltitantes, não é?). Noel, que curiosamente carregava esse nome em sua identidade real, tinha um presente especial para entregar e já estava atrasado. Entrou no carro depois de acomodar o saco no banco de trás e partiu ao encontro de uma criança especial. Seria a última pessoa a ganhar um presente naquela noite, mas talvez aquela que daria a Noel a maior satisfação pessoal, ao ver seus olhos quando abrisse o saco.
Depois de praguejar o trânsito, que nem mesmo na noite de Natal dava folga na grande cidade, Noel pegou um atalho que servia mais pra economizar tempo do que propriamente encurtar a distância. Enfim, o bairro...
Seu coração disparou naquele momento. Uma sensação estranha, pois já estava tão acostumado a fazer seu trabalho, que não entendia o porque de tamanha excitação. Obviamente, os seguranças não deixariam um estranho passar pelos portões, ainda mais naquelas circunstâncias. Avisados pelo rádio, os moradores da mansão foram para o portão, seguidos de alguns policiais que se encontravam na residência. Ele não esperava por uma recepção tão calorosa assim, mas já que estava ali...
Noel ficou em silêncio diante das perguntas desconfiadas de todos. Notou os policiais com as mãos próximas às suas armas e os ignorou. Somente quando o pequeno garoto apareceu e caminhou até a mãe, segurando-a pelas saias, é que ele abriu um sorriso e fez menção em tirar o saco das costas (sim, era um grande saco). Nesse momento, policiais e seguranças já haviam sacado as armas.
Então Noel disse suas primeiras palavras, direcionadas ao garotinho de apenas sete anos, que olhava curioso para aquele homem, vestido como um médico, ou açougueiro, com suas roupas brancas manchadas de sangue por toda parte:
― Aqui está garotinho... Um presente de Natal especial para você. Espero que aprenda a não ser tão filho da puta quanto ele. - abriu o saco e derrubou seu conteúdo diante do portão - Divirta-se com os pedacinhos de seu papai querido.
Noel, homem comum que não morava na Lapônia, nem tinha habilitação para conduzir trenós puxados por renas, virou-se dirigindo-se ao carro e ignorando os avisos dos policiais. As costas da camisa branca ganharam tons mais vivos de vermelho.
Caído na grama diante da casa, um corpo e as cores do Natal: branco, vermelho e verde. Nas mãos do garotinho, um braço direito enfeitado com um laço dourado.
Esse é o MDT Amado! Sim, MDT... "Mestre do Terror" Amado!
ResponderExcluirAlgo parecido passou pela minha cabeça instantes antes do final...! HEHE!
Feliz Natal a todos, com muito vermelho, branco e verde! HEHE!
Abraços,
£!